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Pulserias, Brincos  e Capas de Isqueiro
Etnias Wuajá, Huni Kuin e Yawanawá


Wua

O povo Wuajá reside no estado de Mato Grosso. Seu idioma nativo é do tronco Arawak, comum aos povos Mehinako, Yawalapiti, Pareci e o povo Enawene Nawe. O homen branco primeiro fez contato comos povos Wuajá em 1884, mas estudos compreedem que a sua cultura existe por mais de mil anos. Moram perto da lagoa chamada de "Piyulaga", que pode ser traduzida simplesmente para lugar, ou acampamento de pesca. Eles tem uma fascinante e complexa mito-cosmologia em que a relação entre animais, coisas, human e seres encantados da floresta permeia a sua visão do mundo e é crucial para seus rituais sagrados xamânicos. 



Kaxinawá

Os Kaxinawá ocupam a fronteira Brasil-Peru, somando a maior população indígena do Acre, com aproximadamente seis mil pessoas. Pertencem à família linguística Pano e se autodenominam huni-kuin, ‘homens verdadeiros’ ou ‘gente com costumes conhecidos’. Por viverem de forma dispersa e familiarizada com a cultura da exploração de borracha desde a virada do século 20, os Kaxinawá do Acre perderam em duas gerações muito da sua cultura tradicional de aldeia – devido a invasão de suas terras e às expedições armadas do homem branco nestas regiões, que além de massacrar populações através da violência e da contaminação por doenças, introduziram novos costumes.

Hoje os Kaxinawá vivem um intenso processo de resgate das suas tradições. Entre as práticas destaca-se o xamanismo, o uso coletivo da ayahuasca, os rituais de iniciação das crianças e os desenhos geométricos kenê kuin estampados na tecelagem, pinturas corporais e no artesanato – a marca que identifica a cultura material dos Kaxinawá. A riqueza desta cultura se revela uma miríade de mitos de origem, geralmente ligados a animais que passaram conhecimento de bens culturais aos humanos.


 

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Yawanawá
 

Os Yawanawa (yawa/queixada; nawa/gente) são um grupo pertencente à família lingüística pano que ocupa atualmente a T.I. Rio Gregório. "Yawanawa" aparece nas fontes escrito de formas diversas: Yawavo ou Yauavo, Jawanaua, Yawanaua, Iawanawa.


Os Yawanawa habitam a parte sul da Terra Indígena Rio Gregório, compartilhando-a com os Katukina da aldeia de Sete Estrelas. Essa TI, localizada no município de Tarauacá, foi a primeira a ser demarcada no Acre e ocupa a cabeceira deste afluente do Juruá.

A caça e a pesca são duas das principais atividades econômicas dos Yawanawa. Na época da estiagem organizam-se pescarias nas quais participa quase toda a comunidade e que se convertem em importantes eventos sociais ("festas de comida", como as descrevem os próprios Yawanawa). Utilizam diversos venenos vegetais (tingui, leite de açacu), que, colocados na água, fazem os peixes boiarem e facilitam sua captura. Durante a temporada das chuvas, quando os animais de grande porte deixam rastos, a caça vira uma das principais fontes de alimentação. Os alimentos básicos obtidos do roçado são a mandioca, a banana e o milho, mas são cultivados também outros produtos como o arroz, batata doce, mamão, abacaxi e cana de açúcar.

O conhecimento das artes — cerâmica, desenhos, armas de madeira, cestaria — fica nas mãos de poucas pessoas, fundamentalmente as mais velhas, se bem que existe um esforço recente por transmitir estes saberes às novas gerações. Destaca-se a diversidade dos desenhos corporais, muito utilizados na festa do mariri, que são feitos com urucum e/ou jenipapo, utilizando-se às vezes uma resina cheirosa para fixá-los à pele.

Ainda que atualmente o aspecto mais destacável do xamanismo yawanawa seja a cura, em tempos passados suas funções estavam mais diversificadas e atendia a outros aspectos da cultura como a guerra e a caça. A respeito da cura, existem várias técnicas praticadas pelos especialistas yawanawa - o canto de cura, o assopro...- entre as quais se destaca na atualidade a reza, chamada shuãnka. Durante as sessões de cura, o xinaya - nome que recebe o rezador - ingere ayahuasca e reza sobre um pote cheio de caiçuma de mandioca que posteriormente beberá o doente. Um aspecto interessante desta prática é que o diagnóstico da doença se estabelece a partir do sonho que teve o paciente antes de adoecer.

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